Roteiro de Viagem – 6 dias na Polônia

“Mas Homero, o que você vai fazer na POLÔNIA?”

Não foi só uma vez que eu ouvi isso, mas eu também não tinha a resposta exata, tinha as cidades de Varsóvia e Cracóvia na cabeça, algo meio escondido no porão do meu cérebro sobre Fotos de Auschwitz, Schindler’s Factory etc. Mas, na cabeça de um viajante, desbravador, não são as perguntas que importam e sim as respostas que a gente consegue… E felizmente, neste mundo de “conhecer o novo”, não é necessário saber fazer perguntas, é necessário apenas assimilar/ traduzir as respostas (mesmo as que vêm em Polonês).

Fotos da Polônia.

Bem, saindo de Praga (onde eu estava a trabalho e consegui conciliar com alguns dias de férias), fui para Cracóvia sem saber quase nada do que ia encontrar. Comprei uma passagem de trem de segunda classe (que é tipo uma cabine para 6 pessoas), por 78 euros na  raileurope.com , e fui deitadinho, sozinho. A viagem que durou pouco mais de 9 horas no night traim (normalmente e propositalmente mais lentos).

As dificuldades vem desde a chegada, um local sem sinalização em inglês e povo polonês, as vezes não sabe nem o “thank you”. Peguei um táxi, por 25 Slotz na época, fui ao Ars Hostel, infra média, mas um staff incrivelmente simpático e dispostos. Me ajudaram sempre e me indicaram excelentes restaurantes a preços ótimos.

Inicialmente, fui pensando que ficaria dois dias em Cracóvia, e quatro dias em Varsóvia… Mas, como nada estava nada reservado, eu acabei mudando um “pouco” os planos! hehe

Dia 1 – Cracóvia: Cheguei cedíssimo (tipo 6 da manhã) e consegui dar uma booooooooa volta pela cidade. Para conhecer o entorno, passear pelo castelo e imediações, centro e bairro judeu foi excelente. Neste dia não entrei em museu nem nada, apenas aquela caminhada essencial. A praça central é muito bonita e na região ficam os bares, restaurantes e baladinhas mais legais da cidade… Aliás, os poloneses são muito animados na balada! Foi uma surpresa para mim… Mas vale dizer que a Cracóvia é uma cidade com muitos jovens, famoso pelas baladas!

Praça central e o Mercado na Cracóvia, Polônia
Praça central e o Mercado na Cracóvia, Polônia
Dragão símbolo do país em frente ao castelo na Cracóvia, Polônia
Dragão símbolo do país em frente ao castelo na Cracóvia, Polônia

Dia 2 – Aushwitz: Certamente o lugar mais triste que já visitei na vida (junto ao museu de Hiroshima). É inimaginável pensar naquilo tudo funcionando a pleno vapor, matando a base de tiro, envenenamento, trabalho, fome, porrada  etc. tanta gente inocente que chegava ali, achando, em princípio, que iria trabalhar. O passeio é há alguns quilômetros de Cracóvia, e toma o dia todo! A noite (tipo 18, 19h), fui também ao museu que tem no subsolo da Praça central da Cracóvia… O centro atual foi construído EM CIMA DO ANTIGO!!!! Bem interessante… hehe

Barracões do Campo de Concentração Nazista em Auschiwitz, Polônia
Barracões do Campo de Concentração Nazista em Auschiwitz, Polônia
Dormitórios no Campo de Concentração Nazista em Auschiwitz, Polônia
Dormitórios no Campo de Concentração Nazista em Auschiwitz, Polônia

Dia 3 – Cracóvia e Zakopane: No dia seguinte, fui à lendária “Fábrica de Schindler”, que na sua história, as vezes controversa, mistura uma atitude “heroica” e aproveitadora. A antiga fábrica, conta muito mais a história da cidade, dos guetos judeus, do que propriamente a história da fábrica ou do Schindler. O Museu vale muito a pena. No fim dia, imaginando ser um passeio rápido, e apenas em busca de um pôr do sol, fui a Zakopane para tentar subir um morro, porém, o teleférico estava em manutenção e fiquei sem pôr do sol, MAS, guardei uma vontade de voltar e ver mais de Zakopane – indicação de uma menina que conheci no hostel.

Fábrica de Schindler, na Cracóvia, conta como era a vida na Polônia na II Guerra Mundial
Fábrica de Schindler, na Cracóvia, conta como era a vida na Polônia na II Guerra Mundial

Dia 4 – Cracóvia: Fui a Wieliczka, uma mina de sal. Lugar sensacional! Uma mina de onde extraiam (ou ainda extraem, sei lá) sal e que se pode visitar. Muito legal para ver o funcionamento, mas ainda mais legal para ver  as esculturas em sal. Como os trabalhadores “viviam” ali dentro, fizeram igrejinhas e até uma “catedral” (foto abaixo) em que rola até casamento. Visita excelente. Neste dia a noite fui a Zakopane terminar o que faltava.

Catedral subterrânea na mina de sal de Wieliczka, Polônia
Catedral subterrânea na mina de sal de Wieliczka, Polônia

Dia 5 – Zakopane: Para os alpinistas, é o ponto mais alto da Polônia. Para os entusiastas uma boa oportunidade de se aventurar pois não é tão alto assim. Fui em busca da foto abaixo (primeira delas). Subi 13km e depois desci mais 13km hehe, até me deparar com um gelo que eu não podia passar sem equipamentos, seria perigoso. Não vi a vista que buscava, mas a caminhada é simplesmente ESPETACULAR!!! – PARADA OBRIGATÓRIA para quem gosta de natureza é dar uma passada na região. Para os esquiadores, na temporada, lá é o point na Polônia.

Morskie Oko, Zakopane, Polônia - Fonte: Panoramio.com
Morskie Oko, Zakopane, Polônia – Fonte: Panoramio.com
Morskie Oko, Zakopane, Polônia
Morskie Oko, Zakopane, Polônia

Dia 6 – Varsóvia: Depois de gastar quase todo meu tempo na Cracóvia, cheguei em Varsóvia apenas para algumas horas. Me haviam indicado que não tinha muito o que fazer por lá. Andando pelas ruas, achei a cidade bonita e interessante com seus policiais andando digo marchando, como na época da antiga URSS. Legal, mas nada que tenha me levantado a hipótese que “não deveria ter ficado tanto tempo na Cracóvia”. Pelo que vi, dois dias em Varsóvia seria ideal, vendo a Old Town, o centro, castelo etc. =o)

Soldados marchando em uma tarde qualquer em Varsóvia, Polônia
Soldados marchando em uma tarde qualquer em Varsóvia, Polônia

Aproveitando, é preciso dizer que não se pode deixar a Polônia sem Pierogi, Polônia (tipo um nhoque), uma sopa de beterraba, um schinitzel de porco e assim por diante! Culinária deliciosa!!! =o)

Pierogi, prato típico Polonês no restaurante Kolorowa, em Zakopane
Pierogi, prato típico Polonês no restaurante Kolorowa, em Zakopane

Homero Carmona

Blogueiro desde 2008, ano em que fez seu primeiro intercâmbio e começou a viajar por aí! Atualmente coleciona mais de 40 países no seu passaporte e sonha conhecer todos os 200 e poucos por este mudão a fora... Seu hobby é fazer com que mais gente viaje, todo dia, cada dia mais!

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